sexta-feira, 11 de abril de 2008

Horário da exposição

Inauguração: 10 de Abril às 21h

Quinta e Sexta das 17h às 20h
Sábado e Domingo das 15h às 20h

Até 27 de Abril

Contacto geral: diferentes.escalas@gmail.com

Texto Introdutório

A exposição parte dos conceitos de escala e de fragmento, como instrumentos utilizados em construções que permitem processar o mundo de determinadas maneiras, pelo que foram reunidas obras de jovens artistas que abordam estas questões de uma forma constante no seu trabalho.
Entenda-se fragmento como parte retirada de um todo, que através do processo de produção do objecto artístico, se reconfigura num novo todo. Estas reconfigurações são operadas em escalas diferentes: do infinitamente grande que é reduzido a uma dimensão manipulável, como nos trabalhos de Inês Rebelo e Filipe Romão, ao quase invisível que ganha uma nova importância através da ampliação e isolamento nas fotografias de Daniel Pinheiro. Isabel Brison, Isabel Simões e Nuno Sousa devolvem-nos imagens que têm como referência o espaço e a escala humana. Com esta selecção de trabalhos pretende-se colocar em confronto diversas abordagens aos problemas da representação e à sua relação com a percepção
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Vistas da exposição






Texto Colectivo

Quando se quer dar a conhecer uma cidade, o procedimento usual é compilar os monumentos e espaços públicos mais famosos e que se consideram mais representativos do local. Trata-se de uma deslocação/ transformação, de um espaço para um outro, de objectos em imagens, de uma adaptação a condições espaciais novas tendo em conta o corpo e as dimensões reais dos objectos.
Este trabalho posiciona-se num universo de investigação da relação entre factos científicos e a experiência empírica de momentos do quotidiano. Convulsões de formas que tendem a dissipar-se umas nas outras e que se revelam numa ambiguidade subtil.A recolha de material foi feita com base em critérios de importância subjectivos, mas a sua composição apoia-se numa estrutura piramidal fortemente hierarquizada. O que se apresenta resulta de um compromisso entre um corpo, três vitrines, imagens, o espaço de exposição, o suporte, o lugar, a pintura.
Pretende-se deste modo pôr em evidência a relação entre o que é dado a ver e o que se vê e o que se constroi mentalmente com o que se vê e o que é dado. Os fragmentos foram fotografados e reproduzidos em tela, procurando imitar as cores e a própria textura das paredes. Partindo da sequência original (1 1 2 3 5 8 13 21) interessa descobrir de que modo, numa circunferência, a sucessão apresenta um ponto de partida e um ponto de chegada num mesmo ponto, remetendo para a ideia de eterno retorno, de ciclo, que se repete ou se projecta até ao infinito. Partilha-se portanto um lugar, mas não um tempo.

As pinturas foram utilizadas na execução de vídeos que mostram o artista a transportar cada tela pelas ruas da cidade, em busca do local de onde foi retirado o fragmento que serviu de base à sua execução. Procura-se aqui aprofundar o carácter absurdo e algo non-sense que aparece, ocasionalmente, na explicação de certos fenómenos naturais, tais como um agrupamento particular de estrelas, a configuração de uma nebulosa ou de uma galáxia. Uma vez encontrada a sua localização precisa, a tela é colocada no sítio.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Daniel Pinheiro - Noves fora = 0



Desconstrução em torno da sequência de Fibonacci. Partindo da sequência original (1 1 2 3 5 8 13 21) interessou-me descobrir de que modo, numa circunferência, a sucessão apresenta um ponto de partida e um ponto de chegada num mesmo ponto, remetendo para a ideia de eterno retorno, de ciclo, que se repete ou se projecta até ao infinito. E depois disso, vim a constatar que na nova sequência descoberta (18 18 36 54 90 144), a soma de cada um dos algarismos é sempre nove desde a sua origem até ao infinito.

Daniel Pinheiro - Distância Terra Ar




Ampliações de plantas de interior em ambientes nocturnos relampejados pela luz do flash. Registo frio, instantâneo, próximo das tempestades nunca tocadas. Representação, escala e forma são premissas para uma ilusão devolvida ao espectador, Distância Terra Ar, sete fotografias de uma série de nove, captadas com recurso a uma câmara pinhole.

Filipe Romão - S/ Titulo #02 , da série Céu e Terra, Memórias de uma Paisagem; S/ Título, da série Fragmentos e S/ Título#02, da série Fragmentos







Momentos vividos em lugares esquecidos no Mundo, dotados de uma sublimidade alcançada por efeitos atmosféricos, forças naturais na sua pujança.
Convulsões de formas que tendem a dissipar-se umas nas outras e que se revelam numa ambiguidade subtil. Assim o espectador é encorajado a contemplar em particular, fragmentações de espaços que a posteriori dão origem a um novo Todo, partindo-se assim para uma construção compositiva em forma de grelha.

Inês Rebelo - Do It Yourself (experiência nocturna) e 10 Tentativas para encontrar o Snark #2



Do It Yourself (experiência nocturna)
utiliza posters distribuídos gratuitamente pelo jornal The Guardian, nos quais se sobrepõe um desenho subtil. O desenho referencia uma experiência particular e subjectiva, a qual procura perturbar a informação estandardizada que é inicialmente providenciada pelos posters (planisfério das constelações do hemisfério Norte).

10 Tentativas Para Encontrar o Snark #2
Neste projecto são utilizados chapéus-de-chuva perdidos, de cor preta, que foram recolhidos pelo sistema de transportes Londrino (TfL). Em cada um dos 10 chapéus-de-chuva são perfurados vários orifícios de acordo com o padrão das constelações dos hemisférios Norte e Sul. Cada chapéu-de-chuva, destituído da sua anterior função, convida agora o espectador a participar numa singular experiência algures entre a Mary Poppins e uma visita ao planetário mais próximo.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Isabel Brison - Maravilhas de Portugal
















Quando se quer dar a conhecer uma cidade, o procedimento usual é compilar os monumentos e espaços públicos mais famosos e mais representativos do local.

Isabel Simões - Vitrines

Vitrine 1, 2008, acrílico s/papel, 100 x 210 cm


Vitrine 2, 2008, acrílico s/papel, 100 x 210 cm


Vitrine 3, 2008, acrílico s/papel, 200 x 210 cm


O que apresento resulta de um compromisso entre:
1 corpo, 3 vitrines, imagens, o espaço de exposição, o suporte, o lugar,
a pintura.
Trata-se de uma deslocação/ transformação, de espaços para um outro; de objectos em imagens, de uma adaptação a condições espaciais novas tendo em conta o corpo e as dimensões reais dos objectos.

Nuno Sousa - Paredes Falsas




Paredes Falsas 2008

Mini Dv transferido para DVD

Cor, som, pal, 4:3

8' 23'', loop

Parede Falsa #1 2008, Tinta plástica e tinta plástica com areia s/ tela.120 x 100 cm (dir)

Parede Falsa #2 2008, Tinta plástica, acrílico e tinta plástica com areia s/ tela.120 x 100 cm (esq)

Parede Falsa #3 2008, Tinta plástica, acrílico e tinta plástica com areia s/ tela.120 x 100 cm (esq)

Parede Falsa #4 2008, Tinta plástica e acrílico s/ tela.120 x 100 cm (dir)

Parede Falsa #5 2008, Tinta plástica e tinta plástica com areia s/ tela.120 x 100 cm (dir)

Parede Falsa #6 2008, Tinta plástica, acrílico e tinta plástica com areia s/ tela.120 x 100 cm (esq)

Este trabalho consiste numa série de seis pinturas baseadas em fragmentos de paredes de prédios suburbanos. Os fragmentos foram fotografados e reproduzidos em tela, baseando-se nas cores e na própria textura das paredes. Estas pinturas foram então utilizadas na execução de seis vídeos que mostram o artista a transportar cada tela pelas ruas da cidade, em busca do local de onde foi retirado o fragmento que serviu de base à sua execução. Uma vez encontrada a sua localização precisa, a tela é colocada no sítio. Com este conjunto de trabalhos pretende-se abordar a relação codificada entre a representação e o real. Onde acaba a pintura e começa e realidade?

Currículos

Daniel Antunes Pinheiro
ardewhere@gmail.com

1980, Beira – Moçambique
Vive e trabalha em Rio de Mouro, Sintra

Finalista do 5º ano da Licenciatura do curso de Artes Plásticas – Pintura, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

2005 - Curso de Imagem e Movimento, realizado no Centro de
Imagem e Técnicas Narrativas (CITEN) do Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian

Exposições colectivas:

2005 - Exposição Colectiva de Artes Visuais – 3. 41; Antiga Tipografia
Interpress – Bairro Alto, Lisboa

Outros

2003 - Voluntário no Projecto de paz Balkan Peace Path em Hrvatska Kostajnica – Croácia – financiado pelo EYF – European Youth Foundation
2008 - Participante no projecto Multimedia for Youth Participation em Sabac – Sérvia - inserido no programa Youth In Action, Co/Financiado pela Comissão Europeia


Filipe Romão
filipe_s_romao@hotmail.com

1981, Lisboa.

Frequenta a licenciatura em Artes-Plásticas/ Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, no presente ano de 2008.

Exposições Colectivas:

1999 - Escola Secundária Santa Maria, Sintra.

2006 - Encontro de Arte Jovem, Bienal de Arte – Chaves.

2007 - Exposição Finalistas de Pintura 2005/2006, da Faculdade de Belas Artes - Universidade de Lisboa, Sociedade de Belas Artes de Lisboa.
-Arte em Cadeia, Centro de Estudos Judiciários, Lisboa

2008 - Exposição de Finalistas de Desenho 2006/2007, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Galeria do Ministério das Finanças.
- 10ª Edição do Prémio de Pintura e Escultura D. Fernando II

Exposições Individuais:

2007 - Entre o Céu e a Terra. Memórias de uma Paisagem, Galeria da Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva – Ericeira


Prémios e Distinções

2006 - Menção honrosa, Concurso de Fotografia Augusto Cabrita 2006 , AMAC (Auditório Municipal Augusto Cabrita), 2006.

2007- Menção Honrosa, Concurso Jovem Aposta em Ti 2007, C.M.A.( Câmara Municipal da Amadora).


Inês Rebelo
inesrebelo@netcabo.pt

1981, Lisboa.
Vive e trabalha entre Londres e Lisboa.

2004 – 2006 - MFA em Fine Art, Goldsmiths College, University of London, UK

1998 – 2004 - Licenciatura em Artes Plásticas - Pintura, Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa

2000 – 2002 - Curso de Desenho da Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa

Exposição individual:

2007 - Interferometria, 24b – Arte Contemporânea, Oeiras

Exposições colectivas:

2007 - What Can Desert Islands Do?, Seventeen Gallery, Londres (comissariado de Paul Pieroni)
ArteLisboa 07, Paulo Amaro – Contemporary Art, FIL, Lisboa
SpearCraft, Standpoint Gallery, Londres (comissariado de Andy Jackson)
Stick*Stamp*Fly, Gasworks, Londres
I Love Peckham Shop Windows, Jay Opticians, Londres (comissariado de Emily Druiff)
Voltashow03, 24b – Arte Contemporânea, Basel
Arco’07, 24b – Arte Contemporânea, Madrid

2006 - ArteLisboa 06, 24b – Arte Contemporânea, FIL, Lisboa
Rag and Bone, Three Colts Gallery, Londres
The Dream of Reason, temporarycontemporary, Londres (catálogo)
Urbanismo: Linhas e Contornos, 24b – Arte Contemporânea, Lisboa
2005 - E=mc2, Museu Nacional da Ciência e da Técnica, Coimbra (comissariado de Miguel Amado)
5º Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, Museu Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante
We’re Good at That, 41a Tudor Rd, Londres

2004 - Antecip’Arte, Estufa Fria, Lisboa
Preview II, Espaço Iduna, Matosinhos (catálogo)
Preview I, Espaço Iduna, Lisboa (catálogo)
Brut 10 Mohs, Edifício Interpress, Lisboa

2003 - 3 Night Stand, Boat President, Londres
Work In Progress, The Tunnel, Hatfield

2002 - Colectiva, Arte Periférica, Lisboa
The Opposite Direction / Easily Reversible, ZDB, Lisboa (catálogo)



Isabel Brison
ijayessbe@gmail.com

1980, Lisboa.

Licenciada em Artes Plásticas/Escultura pela Faculdade de Belas–Artes da Universidade de Lisboa em 2005.
Frequenta o mestrado em Ciências da Comunicação/Artes na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa


Exposições Colectivas:

2008 - “Memórias”, Teatro Passagem de Nível, Amadora.

2007 - “Tintim por Tintim”, colaboração Isabel Brison/João Pedro Santos, Galeria Work&Shop; Lisboa.

2006 - “Ilustração Arqueológica” ,AR.Co, Lisboa

2005 - Finalistas de Escultura, Palácio Marqueses de Pombal, Oeiras.

Exposições Individuais:

2005 - “Jardim Real”, Espaço Vista Alegre, Lisboa



Isabel Simões
nancydantas@netcabo.pt

1981, Lisboa.
Vive e trabalha em Lisboa.

Licenciatura no curso de Pintura da Faculdade de Belas Artes - Universidade de Lisboa.

Exposições individuais:

2007 - Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa, Portugal.

2006 - Blame the city
Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa, Portugal.

Exposições colectivas:

2007 - Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores, Culturgest, Lisboa, Portugal.

2006 - Paisagens, Módulo – Centro Difusor de Arte, Porto, Portugal.
Olhares Divergentes, Apropriações Recíprocas, Encosta - Arte Contemporânea, Sassoeiros, Portugal.
Construir - Desconstruir , Forma d’Arte, Estoril, Portugal.
Opções e futuros - Obras da colecção da fundação PLMJ, Arte Contempo, Lisboa, Portugal.
Finalistas de Desenho FBAUL, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, Portugal.

2005 - Arte Lisboa, Feira de Arte Contemporânea, Fil, Lisboa, Portugal.
7 artistas ao 10º mês, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.
Expanded Painting, Prague Biennale 2, Praga, República Checa.
Pintura, Pintura, Pintura!, Módulo – Centro Difusor de Arte, Porto, Portugal.
XXX (1975-2005), Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa, Portugal.
Propostas no Papel, Módulo – Centro Difusor de Arte, Porto, Portugal.
Exposição de finalistas de pintura 2003/2004 FBAUL, galeria Mitra, Lisboa, Portugal.

2004 - Arte Lisboa, Feira de Arte Contemporânea, Fil, Lisboa, Portugal.
Antcip’Arte, Estufa Fria, Lisboa, Portugal.

2003 - Finalistas do 1º Prémio Rothschild de Pintura, Lisboa, Portugal.

Prémios:


2007 - 1º Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores.

2003 - Finalista do 1º Prémio Rothschild de Pintura, Lisboa, Portugal.

Outros projectos:

2007 - Apresentação da performance The body artist, Jovens Criadores 2007, Lisboa.
Co-criação com Yann Gibert da performance The Body Artist, em residência na Eira 33, Lisboa, e apresentação pública no mesmo local em Abril de 2007.

2007 - Residência artística de curta duração em Budapeste. Intercâmbio C.M.L./ Budapest Galéria.

2005 - Visita Guiada Uma Obra do CAMJAP / uma obra 7/10, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

2004 - Organização da conferência O Real como Equivoco na Pintura Contemporânea, Faculdade de Belas Artes, Lisboa.


Nuno Sousa.
narsousa@gmail.com

1977, Lisboa.
Vive e trabalha em Lisboa.

2004 - Licenciatura em Artes Plásticas/Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
2008 -Frequenta o mestrado em Ciências da Comunicação/Artes na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Exposição individual:

2005 - Project Room, Centro de Artes Visuais, Coimbra (Comissário Miguel Amado)

Exposições Colectivas:

2008 - Memórias, Teatro Passagem de Nível, Amadora.

2007 - Participação no 3º Prémio de Pintura Ariane de Rothschild , LX Factory,
Lisboa
Participação no Prémio Jovens Pintores Fidelidade/Mundial, Culturgest, Lisboa

2006 - Opções e Futuros, obras da colecção da fundação P.L.M.J, Arte Contempo, Lisboa
Urbanismo Linhas & Contornos, Galeria 24.b, Oeiras

2005 - Participação no Anteciparte, Estufa Fria - Parque Eduardo VII, Lisboa
Exposição de Finalistas de Pintura 03-04, Galeria Municipal da Mitra, Lisboa.

2004 -Brut 10 mohs, Interpress, Bairro Alto, Lisboa.

2002 - The opposite direction/easily reversible, Galeria Zé dos Bois, Bairro Alto, Lisboa.

Agradecimentos

António Bolota, Lisa Fawcett (TfL), Mike McMillin, Robin Szidak, Mário Pires Cordeiro, João Seguro, Fernando Silva, Patrícia Beja, Carlos Marzia, Nancy Dantas, Vitor Simões, Yann Gibert.